TINTAPERMANENTE

PALAVRAS AO VENTO E SIMPLESCRITOS

Nome:
Localização: Lisboa, Portugal

quarta-feira, maio 26, 2004

De passagem
E também porque não mereço as pessoas,
Assim como as pessoas não me merecem,
Sou um intruso neste mundo,
Não pedi para vir.
Também não entendo e não sou entendido,
Para além desta núvem que teima em passar,
A escuridão é negra,
Tal o desconforto que provoca na causa e nas coisas,
Fácil é dizer Sim,
Não, é preciso coragem.
Deusas são mal necessário,
Todo este ar poluido que absorvo neste quintal de betão,
Espadas que se cruzaram e gargantas que se cortaram.
Os Reis vão desaparecendo,
Os lacaios florescem,
Poder, Poder, Poder,
Lucro, Lucro, Lucro,
Guerra, Guerra, Guerra,
Ódio, Ódio, Ódio,
Paz, Paz, Paz,
Amor,Amor, Amor
...............
Nesta utopia de emoções,
Seremos uma paixão passageira?

terça-feira, maio 25, 2004

Tua
"Tua"...serás?

segunda-feira, maio 24, 2004

Suavemente
O Leão rosna, mas não ataca,
Vamos começar de novo,
Os vultos que se aproximam não são ameaçadores,
Arranha céus locais de passagem fugaz, são estranhos.
Partilha os teus sentidos, distribui-me as tuas emoções,
Deixa-te escorregar no teu ser e mostra-me quem és.
Lembra-te,
Quando te dirigir o meu olhar, estou a pensar em ti.
Sempre que os lobos uivam estão felizes.

quinta-feira, maio 20, 2004

WORDS
Gosto de escrever palavras mais palavras e palavras,
Mas não sei escrever essas mesmas palavras,
Falta-me inspiração para as compôr essas palavras,
Não estarei à altura das palavras!
Os dedos arrastam-me para a escrita das palavras,
Mas que querem dizer essas palavras?
Para onde vão as palavras?
Deixo escapar essas palavras,
E agora? O que vou fazer com elas?

Existência
Louca vida esta que vamos levando. Fazem-nos por vezes esquecer a razão do Ser.
Normalmente só nas situações levadas ao limite e por vezes ultrapassadas pelos mesmos, é que conseguimos arranjar um tempo para parar e pensar.
Pensar na razão da nossa existencia.
As dúvidas começam a borbulhar, as questões condensam-se na procura das respostas.
Porquê?
É o destino!
Valerá a pena todo o esforço perante esta luta que enfrentamos?
Podemos confirmar e divagar sobre o passado e o presente mas...o futuro é uma mera estrutura verbal.
Não sabemos donde vimos e desconhecemos para onde vamos,
Isto é, se viemos ou se vamos.
Viver o dia todos os dias,
A razão da nossa existência...

segunda-feira, maio 17, 2004

+ um Momento
Uma vez mais uma certeza, prefiro uma reunião de amigos à familia.
Neste novo mundo onde coabito e cada vez mais estou integrado, a paixão que nos une é a mesma, as míticas motos Harley Davidson.
Foi com bastante agrado que encontrei o grupo dos novos amigos,paixão,calor,vaidade mas essencialmente espirito e união.
Festa inauguração do novo Chapter Costa Azul, gente gira e fantástica, satisfação, todos estavam em sintonia e harmonia.
Sejam bem vindos.
Noite fora e solitária com os olhos a teimar ficarem molhados,provavelmente pelo vento fresco que se fazia sentir,numa troca para vêr nascer o sol na bonita e desconhecida povoação alentejana Zambujeira do Mar, assim como a certeza de ter sido o último a sair contemplando o imenso azul.
Gosto do Verão, gosto do calôr, gosto disto, não gosto de algumas coisas que acontecem.

quinta-feira, maio 13, 2004

$
Tudo se compra e tem um preço, excepto o nosso subconsciente.

Estado de Alma 1
Perdido nos pensamentos,
Confuso nas ideias,
Uma certeza...
Não quero pensar, não quero sentir.
Se fosse suficientemente rico provavelmente estaria mais leve!
Este peso mental e fisico,
Que não me deixa livre e solto,
As abordagens reais e preocupantes das terras remexidas
Pesam-me.
Correr ou fugir,
Ser invisível era tudo que queria.
Divago por este mundo alucinante e imoral.

quarta-feira, maio 12, 2004

Uns e Outros
Uns nascem outros morrem,
Uns correm outros arrastam-se,
Uns dormem outros acordam,
Uns estão cá outros estão lá,
Uns são felizes outros infelizes,
Uns constróem outros destróem,
Uns seguram outros empurram,
Uns puxam para cima outros para baixo,
Andamos todos suspensos,
Á espera que o mundo se aguente.

segunda-feira, maio 10, 2004

Notas Soltas

Notas soltas misturadas e espalhadas,
A minha mesa de trabalho.
Papéis acumulam-se e espalham-se em montinhos,organizados e desorganizados,
uns maiores outros menores.
Tudo o que preciso está aqui, mas não encontro,
Uma desorganização organizada, reflito aqui o meu mundo.
A caneta onde está? Tinha-a agora mesmo, mas o lápis tem o bico partido.
Logo agora que tinha de escrever umas notas soltas, não posso.
(Coyote)

AMIGOS

Miló
...e na busca da felicidade partiste.
(Coyote)


Jorge H
Que lugar estranho este, onde me encontro,
Vagueio pelos olhares e ninguém me vê,
Corre sangue nas ruas,
Os rostos marcados pelas lágrimas sêcas,
Onde estão as crianças felizes?
Os poetas ficaram mudos,
As máscaras amontoam-se nos caixotes,
O grito da revolta, da coragem,
O labirinto da vida,
Foi forte,
Deixas-te os teus discos e desenhos por acabar,
Não poderei ser o pai de tua cria,
Será uma mentira ou um sonho mau?
Porque foste?
(Coyote)

Fim de tarde
As longas e ingremes calçadas percorridas tão em busca dum passado distante.
O vento corta-nos a respiração, gela-nos o corpo,
para onde nos leva esta calçada?
O assobiar das esquinas que já viram de tudo sussuram-nos ao ouvido uma melodia que não ouviamos há muito.
Não me recordo da letra mas trauteamos a música.
A música essa boa companheira dos bons e maus momentos.
Marcamos o passo afinado, nesse momento somos um só. Nossos corpos unidos, o mesmo pensamento, mesmos passos, os mesmos movimentos, a respiração cadenciada, olhamos na mesma direcção.
Reparamos que não estamos sós, outros tiveram a mesma ideia o mesmo desejo.
No cimo da calçada avistamos os outros.
Por detrás das janelas estamos sós.
Fumamos um cigarro, fazemos castelos no ar.
Um labirinto de ideias que escapam e sorrisos soltos que nos fazem sonhar.
Quem és tu, como te chamam?


Rumo ao Sol
O rodopiar da cabeça sincronizado com o corpo na passagem do desfile,
Os olhos cintilantes numa provocação de desejo.
Cores e movimentos sensuais que não deixam indiferente.
Os sorrisos,o fumo e a bebida transbordam na sala, cruzam-se olhares cumplices e aproximam-se os corpos.
Na direcção do covil, o desejo é a ordem do momento.
A magia continua.
Amanhece, a cabeça pesada e tonta, estranha visão da noite. Todos os sons são ensurdecedores e os olhos fecham-se.
Um adeus sem contacto, um amor por desejo, sem um nome.
Novamente só, errando pelos trilhos da cidade rumo ao Sol.

Pensamento Dharma
Fala o que é verdade,
Fala o que é agradavel,
Não fales o que é verdade mas desagradavel,
Nem o que é agradavel mas não é verdade.

domingo, maio 09, 2004

A mudança verifica-se não por tentarmos obrigar-nos a mudar, mas sim por nos tornarmos conscientes daquilo que não está a funcionar.
Shakti Gawain

§ 11
O importante não é pensar muito, mas sim amar muito; portanto, faz aquilo que mais te incentivar a amar.

Quando inspiro, acalmo o meu corpo.
Quando expiro, sorrio.
Quando habito no momento presente,
Sei que é um momento maravilhoso!
Thich Nhat Hanh

"Um minusculo insecto, do tamanho do ponto do fim desta frase, vive no bico de um beija-flor. Quando o beija-flor se aproxima de uma flor com o cheiro certo, o insecto corre (depressa) até à ponta do bico e salta para a flor, utilizando o pássaro como seu jacto particular."

sexta-feira, maio 07, 2004

EROS E PSIQUÊ

"Psiquê era umas das três filhas de um rei, todas belíssimas e capazes de despertar tanta admiração que muitos vinham de longe apenas para vê-las. Com todo este assédio, logo as duas irmãs de Psiquê se casaram. Ela, no entanto, sendo ainda mais bela que as irmãs, além de extremamente graciosa, não conseguia um marido para si, pois todos temiam tamanha beleza. Desorientados, os pais de Psiquê buscaram ajuda através dos oráculos, que os instruiu a vestirem Psiquê com as roupas destinadas a seu casamento e deixá-la no alto de um rochedo, onde um monstro horrível viria buscá-la.
Mesmo sentindo-se pesarosos pelo destino da filha, seus pais seguiram as intruções recebidas. Assim que a deixaram no alto de uma montanha, um vento muito forte começou a soprar e a carregou pelo ares com delicadeza e depositou no fundo de um vale. Exausta, Psiquê adormeceu.Quando acordou, se viu num maravilhoso castelo de ouro e mármore. Maravilhada com a visão, percebeu que ali tudo era mágico... as portas se abriam para ela, vozes sussurravam sobre tudo o que ela precisava saber. Quando chegou a noite, deitada em seus aposentos, percebeu ao seu lado a presença de alguém que só poderia ser o seu esposo predestinado pelo oráculo. Ele a advertiu de que lhe seria o melhor dos maridos, mas que elas jamais poderia vê-lo, pois isso significaria perdê-lo para sempre. Psiquê concordou. E assim foram seus dias, ela tinha tudo que desejava, era feliz,
muito feliz, porque seu marido lhe trazia uma sensação do mais profundo amor e lhe era extremamente carinhoso.

Com o passar do tempo, porém, ela começou a sentir saudades de seus pais e pediu permissão ao marido para ir visitá-los. Ele relutou, os oráculos advertiam de que esta viagem traria péssimas consequências, mas ela implorou, suplicou... até que ele cedeu. E da mesma forma que a havia trazido para o palácio, levou-a à casa de seus pais. Psiquê foi recebida com muita alegria e levou muitos presentes para todos. Mas suas irmãs ao vê-la tão bem, se encheram de inveja e começaram a crivá-la de perguntas a respeito de seu marido. Ao saberem que até então ela nunca o tinha visto, convenceram-na de fazê-lo; evidentemente que as intenções delas eram apenas de prejudicar Psiquê, já que ela havia feito uma promessa a ele.

Ao voltar para sua casa, a curiosidade tomou conta de seu coração. Tão logo veio a noite,ela esperou que ele adormecesse e assim acendeu uma vela para poder vê-lo. No entanto, ao se deparar com tão linda figura, ela se perdeu em sonhos e ficou ali, embevecida, admirando-o. E esqueceu-se da vela que tinha nas mãos. Um pingo de cera caiu sobre o peito de Eros, seu marido oculto, fazendo-o acordar com a dor. Sentido com a quebra da promessa da esposa, partiu, fazendo cumprir a sentença do oráculo. Abandonada por Eros, o Amor, sentindo-se só e infeliz, Psiquê, a Alma, passou a vagar pelo mundo. Tanto sofreu e penas pagou, que deixou-se por fim entregar-se a morte, e caiu num profundo sono.Eros, que também sofria com sua ausência, não mais suportando ver a esposa passar por tanta dor, implorou a Zeus, o deus dos deuses, que tivesse compaixão deles. E com a permissão deste, Eros tirou-a do sono eterno com uma de suas flechas e uniu-se a ela, um deus e uma mortal, no Monte Olimpo. Depois deste casamento, Eros e Psiquê, ou seja, o Amor e a Alma, permaneceram juntos por toda a eternidade."

terça-feira, maio 04, 2004

Masturbação?
...Não digam mal da masturbação: É sexo com alguém que realmente se ama...
Woody Allen

Contraceptivo
"Evitamos fazer filhos indo para a cama com a cunhada!
Assim só nascem sobrinhos."

§ 10
"Nasci careca, nu, e sem dentes! Tudo o que vier é lucro"

§ 9
A individualidade é a soma das liberdades que assumimos
in BMW

segunda-feira, maio 03, 2004

§ 8
A meta de toda a recta é a curva
in BMW

§ 7
"Meu caro amigo:

Do que você precisa, acima de tudo, é de se não lembrar do que eu lhe disse; nunca pense por mim, pense sempre por você; fique certo de que mais valem todos os erros se forem cometidos segundo o que pensou e decidiu do que todos os acertos, se eles forem meus, não seus. Se o criador o tivesse querido juntar a mim não teríamos talvez dois corpos ou duas cabeças também distintas. Os meus conselhos devem servir para que você se lhes oponha. É possível que depois da oposição venha a pensar o mesmo que eu; mas nessa altura já o pensamento lhe pertence. São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim; porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem."
Prof. Agostinho da Silva